Noriega: O Favorito de Deus é um filme dirigido por Roger Spottiswoode, que retrata a história do ex-ditador panamenho Manuel Noriega e sua relação com o governo dos Estados Unidos. A trama apresenta Noriega como uma peça importante no cenário político do país, que desempenha um papel ambíguo na política externa americana.

A obra cinematográfica é controversa em alguns aspectos, especialmente em relação à representação da figura de Noriega. O filme mostra Noriega como um homem astuto, capaz de manipular as circunstâncias ao seu favor, que assume o papel de agente duplo na relação entre Panamá e Estados Unidos. Porém, a figura do ditador é criticada por sua violência e corrupção, o que coloca em questão a moralidade de seu papel na história.

Através deste longa-metragem, é possível entender a relação entre política e ditadura na América Latina. Noriega é apresentado como um personagem complexo, que representa a ambiguidade do cenário político latino-americano. Sua relação com o governo americano explica tanto a presença do país na região como a manutenção de ditadores no poder.

Além disso, o filme apresenta uma crítica à política externa americana, que utiliza a figura de Noriega como um peão em seus jogos políticos. A obra mostra a influência americana na tomada de decisões de outros países e a violência gerada por essa intervenção.

Nesse sentido, Noriega: O Favorito de Deus se torna um retrato importante da política latino-americana, que mostra como a ditadura e a corrupção permeiam as relações de poder na região. O longa-metragem é uma obra que contribui significativamente para a discussão sobre esses temas, apontando questões que precisam ser discutidas e entendidas.

Em conclusão, Noriega: O Favorito de Deus é um filme instigante que merece ser assistido e analisado. A obra é controversa em alguns aspectos, mas, ao mesmo tempo, apresenta uma visão crítica da política latino-americana e da relação entre Estados Unidos e América Latina. Através dessa análise, é possível entender melhor a história da região e refletir sobre as questões políticas que ainda permeiam a América Latina.